A princípio fiquei tocada com as imagens e manchetes sobre bichos e seus donos (www.uol.com.br), abaixo reproduzidas. Senti uma 'dorzinha' no peito, que nem tive vontade de abrir as notícias. Mas, ao mesmo tempo, fiquei muito curiosa sobre seus conteúdos, principalmente, porque não pareciam notícias sobre celebridades e, também, porque não vendiam nenhum produto associado a exposição das beldades. Por isso, decidi ir adiante, mesmo com certo desconforto, pensei que ao encarar os fatos acabaria por encontrar algum sentido para amenizá-lo.
Após ler as notícias, nada mudou, continuei triste, pensando na questão da ''finitude'' (=morte) que nos aparta das criaturas que amamos. Porém, como também acho interessante constatar os comentários dos outros leitores, pois acredito que estes dão dicas da lógica para a existência que anda nos corações e mentes do mundo, comecei a investigar o que tinham a dizer.
Longe de encontrar algum consolo, fiquei ainda mais tocada pela 'tristeza' que visivelmente permeava o cotidiano daquelas pessoas. Me dei conta do quanto frustrados estamos uns com 'os outros'. E até muito distanciados da dinâmica existencial do 'fazer-com e estar-com' , pois nem percebemos que 'os outros' são como nós, pensando nos desígnios fundamentais para sobrevivência material e emocional (personalidade, valores, afetividade, vínculos, etc.) de cada um. Tarefa nada fácil para TODO MUNDO, do Bill Gates ao gari!
No entanto, em sua grande maioria, além das frustrações resultantes dos encontros entre humanos (p.ex.: "Quanto mais eu conheço os homens, mais eu amo os animais"...etc.), os comentários dos leitores traziam repetidamente uma forte tendência a imaginar 'o amor incondicional', percebido na relação animal --> homem, como a resposta para todos os seus desgostos e males.
Fiquei pensando: será que esse 'amor incondicional' funcionaria para o nosso desenvolvimento pessoal (encontro com o 'si-mesmo') ?!?!?!! Quais seriam as tarefas da existência, se amássemos incondicionalmente a todos sem distinção????
Me parecem coisas contrastantes, porque ao mesmo tempo que EU desejo que me amem incondicionalmente, o outro que deve me amar desse jeito também deseja ser amado incondicionalmente, e assim, já que o outro não é como eu, quais seriam as condições ''incondicionais'' para que esse amor ocorresse (?!). Será que, para um MUNDO mais acolhedor, deveríamos ser todos iguais e ter as mesmas condições (=perspectivas) de afeto? Ihhhh... Sei lá.... não consigo imaginar esse 'como seria'...Mas, consigo descrever o que apreendi, e me trouxe algum alívio, dos comentários publicados.
Independente do 'amor incondicional' (se for possível a sua existência numa relação entre dois seres-vivos), as pessoas parecem falar sobre uma sensação de grande BEM-ESTAR (apesar de melancólico), que o amor da relação homem --> animal suscita à imaginação. E esse BEM-ESTAR ''possível" e melancólico, me parece ser o vislumbre de como seria nosso MUNDO se apenas nos tratássemos BEM. Sem grandes expectativas de grandes amores 'in-' ou 'con-' dicionais. Onde apenas as sensações de acolhimento e reconhecimento (=bem-estar) invadindo nosso SER, se expandiriam para os todos os outros seres e coisas do mundo. É o mais próximo de uma realidade possível que consigo imaginar, pensando numa prática para o aqui e agora.
Fiquei pensando: será que esse 'amor incondicional' funcionaria para o nosso desenvolvimento pessoal (encontro com o 'si-mesmo') ?!?!?!! Quais seriam as tarefas da existência, se amássemos incondicionalmente a todos sem distinção????
Me parecem coisas contrastantes, porque ao mesmo tempo que EU desejo que me amem incondicionalmente, o outro que deve me amar desse jeito também deseja ser amado incondicionalmente, e assim, já que o outro não é como eu, quais seriam as condições ''incondicionais'' para que esse amor ocorresse (?!). Será que, para um MUNDO mais acolhedor, deveríamos ser todos iguais e ter as mesmas condições (=perspectivas) de afeto? Ihhhh... Sei lá.... não consigo imaginar esse 'como seria'...Mas, consigo descrever o que apreendi, e me trouxe algum alívio, dos comentários publicados.
Independente do 'amor incondicional' (se for possível a sua existência numa relação entre dois seres-vivos), as pessoas parecem falar sobre uma sensação de grande BEM-ESTAR (apesar de melancólico), que o amor da relação homem --> animal suscita à imaginação. E esse BEM-ESTAR ''possível" e melancólico, me parece ser o vislumbre de como seria nosso MUNDO se apenas nos tratássemos BEM. Sem grandes expectativas de grandes amores 'in-' ou 'con-' dicionais. Onde apenas as sensações de acolhimento e reconhecimento (=bem-estar) invadindo nosso SER, se expandiriam para os todos os outros seres e coisas do mundo. É o mais próximo de uma realidade possível que consigo imaginar, pensando numa prática para o aqui e agora.
O que me faz pensar que, pelo menos alguma consideração deveria ter sido dirigida à humanidade naqueles comentários, já que, no final das contas: Somos todos animais! E, da mesma forma, precisamos de cuidados e de meios para que a relação afetiva aconteça entre nós, para nosso BEM e para o BEM de TODOS....
E para que tenhamos os benefícios necessários de um mundo melhor, não custa nada a cada um de nós, num primeiro momento, pensar, tomar consciência, esclarecer, colocar luz, sobre as próprias perspectivas afetivas. Conhecer a nós mesmos SIM, esta é uma questão de saúde sobre a qual podemos agir e fazer diferença, a despeito da falta que o 'amor incondicional' nos traz. Cuidem-se BEM !!!
Afinal descobri que estamos todos pensando a mesma coisa... Assistam a "Todo mundo quer amor" (Arnaldo Antunes):
E para que tenhamos os benefícios necessários de um mundo melhor, não custa nada a cada um de nós, num primeiro momento, pensar, tomar consciência, esclarecer, colocar luz, sobre as próprias perspectivas afetivas. Conhecer a nós mesmos SIM, esta é uma questão de saúde sobre a qual podemos agir e fazer diferença, a despeito da falta que o 'amor incondicional' nos traz. Cuidem-se BEM !!!
22/06/2011 - 15h40
Homem chora morte de égua atropelada em beira de estrada no interior de São Paulo
José Bonato
Especial para o UOL Notícias em Ribeirão Preto
Cristiano Verola abraça égua Estrela minutos antes da morte
do animal, atropelado em rodovia em SP
Um homem demonstrou grande tristeza no interior de São Paulo nesta terça-feira (21) ao se despedir de uma égua de 13 anos de idade que precisou ser sacrificada após um acidente ocorrido entre Serrana e Altinópolis, na região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).
A égua, chamada Estrela, puxava uma carroça conduzida por Sebastião Verola, 58, e seu filho, Cristiano Verola, 28, quando foi atingida por trás por uma Eco Sport na manhã de ontem (21). O animal tombou no chão, com várias fraturas nas patas traseiras, e ali ficou até morrer.
A morte de Estrela foi o fim de uma amizade iniciada quando Cristiano tinha apenas 15 anos. "Estou muito triste, mas não tem outro jeito. É o animal de estimação lá de casa", afirmou ele, que, minutos antes de Estrela ser sacrificada, colocou a cabeça do animal sobre as pernas e a beijou.
A técnica de zoonoses Márcia Romancini Cavalheiro, 35, afirmou que não havia como manter a égua Estrela viva. “Ela ficou muito ferida. Devia estar sofrendo muito. Uma das patas estava praticamente pendurada à perna.”
A égua foi anestesiada e depois sacrificada com uma injeção de cloreto de potássio na veia. “Ela morreu sem sentir nenhuma dor.”
Márcia disse que agora o Centro de Controle de Zoonoses de Serrana vai tentar encontrar um outro animal para a família Verola. “Eles são muito humildes e precisam de outro cavalo para trabalhar e tocar a vida.”
Verola mora em Serrana e, há 20 dias, perdeu a mãe. O pai dele, Sebastião Verola, 58, está internado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em decorrência dos ferimentos no acidente. Segundo a assessoria do hospital, não corre risco de morte.
Como foi o acidente
Sebastião conduzia a carroça por volta das 6h30 na estrada Mário Titoto, no sentido Altinópolis-Serrana, quando foi atingido na traseira pelo Eco Sport.
Segundo o motorista do veículo, Flavio Westin, 43, de São Sebastião do Paraíso (MG), foi impossível evitar a batida porque estava escuro, e a carroça não tinha sinalização refletora. Carro e carroça ficaram destruídos com a colisão.
21/06/2011 - 10h34
Sem-teto desenganado por médicos se reencontra com cadelinha de estimação como último desejo
Do UOL Notícias Em São Paulo
Kevin McClain se encontrou com Yurt no hospital
Uma comunidade inteira se reuniu para garantir a um sem-teto desenganado pelos médicos seu último pedido antes de morrer. Tudo o que Kevin McClain, de 57 anos, queria era se encontrar com sua cachorrinha Yurt, segundo o canal de televisão KCRG-TV.
Durante anos, McClain morou dentro de um carro, em Cedar Rapids, nos Estados Unidos, com sua cadela de estimação. No entanto, mês passado, o sem-teto foi internado com câncer no pulmão. Os médicos disseram que ele teria apenas alguns dias de vida.
Separada de seu dono, Yurt foi levada a um abrigo. Em poucos dias, a cachorrinha foi adotada por Kate Ungs. “Ela é cheia de energia e traz muito amor e energia para nossa casa”, disse a nova dona.
Mas, mesmo internado, McClain ainda queria se despedir de sua companheira de tanto tempo. Ainda na ambulância, quando foi levado ao hospital, o sem-teto disse aos paramédicos que tinha uma cadela e que gostaria de vê-la.
Por sorte, um dos paramédicos, Jan Erceg, também era voluntário no abrigo de animais da cidade. Ele foi atrás de Yurt e achou a cadelinha na casa da família Ungs.
“No momento que McClain abriu os olhos e viu a cachorrinha foi uma felicidade só. Ela lambeu os braços e o rosto dele”, contou Erceg. Poucos dias depois, McClain morreu e Yurt voltou a morar em sua casa nova.
"Ela agora é parte da nossa família. Somos um grupo unido", disse Eric Ungs.
Marcinha,
ResponderExcluirMeu amor por animais transcende o que sinto por humanos, isso nunca escondi. A paz interior, a sensação de bem-estar que um cachorro me proporciona pelo simples fato de me fazer companhia, posso te afirmar que esse, pra mim, é o verdadeiro 'sabor da vitória', questionado por você lá no Enxakeco.
Parabéns pelo blog.
Um beijo.
Valeu, Kêco, vc. é realmente um cara de sorte. Santos, Pepper, Kakás... Curtir a vida com PAZ é o melhor presente que a gente pode se dar. Obrigada por seu comentário.
ResponderExcluirbj.